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Previsão meteorológica: ocorrência de ideias (quase) diariamente, possibilidade de precipitação de pensamentos em dias mais ou menos nublados mas com boas abertas.
Todos os dias pelas 8H20 da manhã apanho o autocarro para o trabalho. É uma viagem de pouco mais de 30minutos. Gosto de ir sempre perto da janela, perdida nos meus pensamentos.
Todos nós que viajamos de autocarro, quer queiramos ou não, acabamos sempre por pensar na vida ou em outros assuntos igualmente profundos (ou que parecem profundos, afinal de contas às 8H20 da manhã tudo parece demasiado profundo).
E assim vamos perdidos nos nossos pensamentos/problemas/desejos/ambições/sonhos. Às vezes deixamos esse transe em suspenso quando alguma coisa ou alguém nos chama a atenção. Aí começamos a imaginar uma história para cada pessoa/acontecimento.
Gosto de inventar histórias para as pessoas que viajam de autocarro. Histórias que são vividas intensamente por essas pessoas sem que elas próprias saibam. Apodero-me dessas pessoas e crio-lhes uma vida paralela.
Todos os dias há novas pessoas a viajar no autocarro que eu apanho. O 24. E depois há aquelas pessoas que, tal como eu são, já são habitués. A essas gosto de pensar que já conheço, porque apanhamos o mesmo autocarro todos os dias. Temos algo em comum. Não sei os seus nomes mas conheço-as. Será que também pensam o mesmo que eu? Será que também elas me conhecem? Gosto de pensar que sim.
Logo à tarde vou apanhar outro autocarro de volta a casa.
Ler livros digitais é uma coisa que me continua a fazer alguma espécie. Talvez porque gosto demasiado do cheiro dos livros, de sentir que o livro é um ser vivo e que o podemos acarinhar à medida que vamos virando cada página.
E depois os livros não tem todos as mesmas texturas ou os mesmos tamanhos. São como pessoas que podemos distinguir pelas silhuetas. Consigo saber "quem é quem" na minha estante mesmo com os olhos fechados.
Os livros digitais não têm forma física. Existem presos dentro daquela caixa. Não tenho nada contra eles, no fundo tenho pena por não puderem existir no mundo físico. No mundo dos sentidos.
Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É infiel. Não o podemos sequer perfumar e eu tenho livros que me foram oferecidos com aroma de buganvílias e canela. Gosto muito.Os leitores, sabemos bem, são territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali. É a reclamação da posse. Como os cães. Como, pois, dar provimento a essa natureza num ecrã? Que efeito terá uma linha mandada traçar por um comando asséptico que não se pode comparar com o chichi? O dos cães.Faz-me sofrer. Confesso. Faz-me sofrer. Valter Hugo Mãe in Revista 2 do Público
A minha relação com o Natal já passou por várias fases. A fase criança que adora o Natal para receber brinquedos e comer chocolates como se não houvesse amanhã e a fase "ah e tal o Natal é uma grande seca, é só consumismo e blá blá blá".
Hoje em dia guardo um pouco das duas fases.
Mas ao que parece este ano fui picada pela mosca tsé tsé natalícia e resolvi, pela primeira vez desde que vivo com o meu namorado, aperaltar a mansão. Então lá fomos os dois à procura da árvore de Natal, dos ornamentos e berloques para enfeitar a dita cuja (como as coisas estão caras meu deus!).
Lá fizemos as compritas e iniciamos a montagem (muito cedo?).
A coisa até ficou bem catita e deu-me um grande prazer acordar no domingo de manhã e ver árvore ao cantinho da sala toda composta.
Sim, o Natal tem muitos defeitos e há muitas coisas que me deixam frustada nesta época mas a partir deste ano teremos a nossa tradição de dezembro. Que espero que se repita por muitos e muitos anos.
E agora a foto do ornamento especial (prometo mostrar-vos mais fotos)
ohhhh que péssima publicidade Sejamos sinceros, es...
Sem dúvida... fui lá duas vezes e duas vezes passe...
Eu penso isso de todas as praias.
Acontece-me sempre o mesmo em Francelos - Gaia :p
Aqui em mafra visitaram-nos durante a noite!Hoje, ...